Em algum dos nossos podcasts eu falei sobre ter foco.
Nele eu expliquei como colocar em prática isso que todo mundo repete, mas ninguém nunca entende.
Segundo a minha tese, ter foco significa tornar o objetivo eleito o seu Propósito Único de Vida (PUV).
Traduzindo para termos mais práticos, ter foco é canalizar toda a sua energia física e mental para, a todo segundo, trazer o seu objetivo único de vida para mais perto.
Hoje eu quero dar um exemplo pessoal do foco enquanto PUV.
Para o amigo concurseiro e para amiga concurseira, o domingo pode ser um bom dia para... não fazer nada. Descansar, ir ao cinema, à igreja, à casa dos avós...
Não há mal nisso. Muito pelo contrário, isso pode ser uma estratégia em favor do seu PUV. Está tudo bem se a sua concepção for "vou aliviar a mente para que o meu processo de preparação seja renovado na segunda-feira e eu consiga repetir esse ciclo de forma constante".
Portanto, aqui eu deixo um primeiro insight: desacelere periodicamente, mas saiba o porquê está fazendo isso. Você não pode imaginar que está descansando porque merece: você está descansando porque isso serve ao seu PUV. Internalize isso. Ponto.
Quando eu estudava para concursos, eu levava essa ideia às últimas consequências. Absolutamente tudo o que eu fizesse deveria tornar a minha aprovação mais próxima.
Em outras oportunidades eu posso falar mais sobre exemplos de decisões tomadas durante a minha preparação que alimentaram o meu PUV.
Mas hoje eu quero falar sobre o domingo.
Permitam-me rimar: além do descanso, domingo é um excelente dia para balanço. O que você fez, o que você deixou de fazer e o que precisa ser feito na semana imediatamente seguinte são as colunas que você precisa preencher.
Eu fazia isso visualmente.
Aos domingos, eu colocava sobre a minha mesa tudo o que eu iria estudar na semana seguinte. Se fossem livros, estariam abertos nos capítulos escolhidos. Se fossem questões, estariam impressas e grampeadas.
Minha ideia era a seguinte: tudo o que fosse colocado sobre minha mesa no domingo precisaria não estar lá sete dias depois. Quase sempre não conseguia, mas o importante é que a minha rota estava posta em linha reta: bastaria inserir as pendências na semana subsequente, recalcular o percurso, e seguir... seguir... seguir.
Essa forma de encarar o concurso público me permitiu não tirá-lo da mira. Só havia três possibilidades durante a minha preparação: ou estudo, ou descanso para estudar ou organizo para estudar.
Moral da história: no domingo, além da mente, limpe a sua mesa. Descanso e balanço precisam ser a sua rima dominical. Faça desse dia maravilhoso uma nova oportunidade de caminhar um pouco mais em direção ao seu PUV.
Bom domingo,
Caio.